Os 10 Melhores Álbuns Alternativos do Século (Até Agora)

Enquanto o cenário  mainstream costuma ditar as tendências a serem seguidas em praticamente todos os âmbitos, é notável como produções independentes e alternativas têm um espaço considerável de apreço e de importância dentro do escopo do entretenimento – principalmente quando nos referimos à música.

Dentre inúmeros artistas que, mesmo ganhando maior reconhecimento na atualidade, auxiliaram a calcar esse estilo fonográfico como uma importante engrenagem do mundo artístico, podemos citar  Fiona Apple FKA Twigs Arcade Firecomo alguns de seus integrantes (cada qual explorando gêneros diferentes e pelos quais carregam apreço significativo).

Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando os  dez melhores álbuns alternativos do século XXI(ao menos até agora), incluindo compilados que exploram construções do  pop , do  rock , do  indie e até mesmo do  synth .

Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual o seu favorito:

10. POP 2, Charli XCX (2017)

Charli XCX fazia o grande lançamento de sua carreira em 2017, com a divulgação da  mixtape ‘Pop 2’. Ganhando aclame pela crítica especializada, a cantora e compositora britânica apostava fichas em um pesado  PC music , pincelado com  avant-pop  e  industrial pop  (cortesia do lendário produtor  A.G. Cook) e foi liderado pelo  single  “Out of My Head”, com  Alma e  Tove Lo.

9. MULTITUDE, Stromae (2022)

Oito anos depois de seu último álbum, o cantor e compositor belga  Stromae retornou com o incrível  ‘Multitude’ – que, apesar de lançado em 2022, causou um impacto gigantesco em sua própria carreira e no cenário musical europeu. O álbum foi aclamado pelos críticos e mergulhou de cabeça na mistura estilística de vários gêneros, como visto em  “Santé” e  “L’enfer”. Em entrevista ao  TF1 , Stromae disse que a narrativa do álbum foi inspirada pelas frequentes viagens que ele fazia com a mãe.

8. VAMPIRE WEEKEND, Vampire Weekend (2008)

O álbum de estreia homônimo da banda  Vampire Weekend causou grande comoção quando lançado e é relembrado como um dos melhores do século pelos fãs. Com produção de  Rostam Batmanglij, a produção amalgama  indie pop , música de câmara e  Afropop  e foi elogiado à época de seu lançamento – além de trazer  singles  como  “Mansard Roof” “A-Punk” “Oxford Comma” e vários outros.

Não deixe de assistir:

7. FUNERAL, Arcade Fire (2004)

A épica estreia de  Arcade Fire ‘Funeral’, é inquestionavelmente um dos  highlights  do século, tendo sido revisitada por diversos artistas contemporâneos. A amálgama simples e epopeica entre  art rock  e  chamber rock  viria a influenciar grande parte dos grupos que o seguiriam. Indicado ao Grammy de  Melhor Álbum Alternativo , a produção apareceu em diversas listas de fim de ano e entrou para o  ranking  dos melhores CDs da revista  Rolling Stone .

6. MAGDALENE, FKA Twigs (2019)

Música,Álbuns

FKA Twigs lançou o álbum de sua carreira em 2019 com o irretocável  ‘MAGDALENE’, principalmente por misturar o vanguardismo do  art pop  com uma pessoalidade urgente e tocante. O compilado foi inspirado no término de seu relacionamento com o ator  Robert Pattinson e trouxe um grupo considerável de co-produtores que a ajudou a manter o álbum coeso e limpo. Dentre os vários  singles , podemos mencionar  “Cellophane” e  “Sad Day” como os destaques.

5. TITANIC RISING, Weyes Blood (2019)

Weyes Blood  vinha trabalhando no CD desde 2017, logo após ter assinado contrato com a gravadora Sub Pop e se reunir com Jonathan Rado. Não demorou muito para que ela abrisse espaço para homenagear um dos filmes que mais impactaram em sua vida, ‘Titanic’, dirigido por James Cameron em 1997 – ora, não é à toa que o título seja homenagem ao gigantesco transatlântico e premedite e tragédia que acometeu o navio em pleno oceano Atlântico. É a partir dessas concepções que “A Lot’s Gonna Change” dá o tom dessa perifrástica aventura, invadindo as ideias memorialísticas e saudosistas de um tempo que não mais irá voltar – como também nos abraça numa narcótica necessidade de compreender a misteriosa atmosfera setentista da qual ela se vale.” –  T.N.

4. OIL OF EVERY PEARL’S UN-INSIDES (2018)

“Colocar tanto a  performer  quanto sua  magnum opus  em um gênero é querer limitá-la a rótulos, algo que definitivamente não pode existir quando analisamos sua discografia: as dissonâncias cosmológicas dos sintetizadores e do  industrial pop  servem de base para declamações intimistas, como  “It’s Okay to Cry”, enquanto a impactante des-organização proposital de  “Whole New World/Pretend World” rende-se ao  glitch  e à maximização eletrônica conhecida como  hyperpop “Immaterial”, uma alusão às incursões oitentistas e noventistas, já se rende às peculiaridades do  avant-pop  à medida que critica e a reutilizada, numa desconstrução experimental e envolvente; mesmo  “Infatuation”, que flerta com baladas, é diferente daquilo a que estamos acostumados, talvez tentando explicar o que significa estar apaixonado por alguém ou alguma coisa, talvez mostrando que tais explanações não são necessárias” –  T.N.

3. MASSEDUCTION, St. Vincent (2017)

‘Masseduction’ recebeu aplausos diversos pelos especialistas internacionais e promoveu uma profunda mudança na identidade sonora de  St. Vincent – que já havia entregado diversos álbuns incríveis. Focando em temas como sexo, drogas, tristeza e imperialismo predatório, o disco funde  electro-pop new wave  e  glam rock  e conta com quatro  singles  oficiais, incluindo a irretocável faixa  “Los Ageless”.

2. VESPERTINE, Björk (2001)

Björk é uma das artistas mais interessantes da história da música e sempre construiu narrativas únicas e originais que a afastavam do  mainstream  e criavam tendência no escopo experimental. Depois de  ‘Homogenic’, a cantora e compositora islandesa entregou mais uma obra espetacular com  ‘Vespertine’, considerado um dos melhores de sua carreira. Além da música eletrônica, o compilado nos chama a atenção pelo uso inesperado do  art pop  e do  glitch pop .

1. FETCH THE BOLT CUTTERS, Fiona Apple (2020)

“A verdade é que  ‘Fetch The Bolt Cutters’vai muito além de uma simples resenha ou de algo que ouvimos apenas para passar o tempo: o mais recente álbum de Fiona Apple atravessa quaisquer preceitos engessados que já carregávamos da indústria musical, destroçando-os em mil pedacinhos e reorganizando-os em um romance, um  thriller , um drama, cujas páginas são pequenas e suntuosas caixinhas de surpresas. Mais do que isso, este é um dos poucos casos que entrega muito mais do que promete: iniciando com um irreverente estrondo e terminando com um estrondo ainda mais espetacular.” –  T.N.

Thiago Nolla https://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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