As 10 Melhores Músicas Internacionais de 2024 (Até Agora)

A década de 2020 vem se mostrando um ótimo momento para a música – seja com a presença de gêneros que estavam às vésperas de conquistar uma popularização necessária, seja com o resgate de incursões mais antigas com roupagens modernizadas e nostálgicas.

E é claro que 2024 não ficaria de fora de um ano incrível para artistas apresentarem o que têm de melhor, ao menos neste primeiro semestre que agora se encerra. Ora, dentre nomes que dominaram os holofotes nesses meses, podemos citar  Taylor Swift Beyoncé Ariana Grande Sabrina Carpenter, Kendrick Lamare vários outros.

Pensando nisso, montamos mais um ranking musical relembrando o suprassumo de 2024 ao elencar as  dez melhores canções internacionais do ano até agora.

Confira as nossas escolhas abaixo e conte para nós qual a sua favorita:

10. “LOML”, Taylor Swift

Para aqueles que acompanham a carreira de Swift, sabe-se que a  performer  tem uma habilidade invejável e espetacular de construir baladas pungentes e bastante impactantes – e é claro que  ‘The Tortured Poets Department’ traria algumas incursões muito bem arquitetadas. Nesse âmbito, insurge  “Loml”, uma derradeira reflexão desde os primeiros toques do piano clássico, reiterando a mágica que Swift tem a habilidade de criar com o instrumento, projetando uma tristeza teatral e confessional em cada uma das palavras proferidas.

9. “TRAINING SEASON”, Dua Lipa

“Training Season”  é alicerçada na potência do  euro-disco , revelando as predileções da cantora e compositora por um passado não muito longínquo e que ganha uma roupagem, ao mesmo tempo, nostálgica e modernizada; os versos, que falam das dúvidas de um amor em potencial que apenas se concretizará caso entregue exatamente o que ela queira, são demarcados por batidas profundas e saudosistas, afastando-se de um conceitualismo exaustivo ou de uma reinvenção do gênero. O que Dua promove é a celebração daquilo que a inspira até hoje – e que reitera seu merecido  status  no escopo da música.

8. “BROKEN MAN”, St. Vincent

Três anos depois de sua última incursão no cenário fonográfico,  St. Vincentvoltou com força total com o lançamento de  ‘All Born Screaming’, um dos melhores álbuns do ano e uma das melhores entradas de sua fabulosa e encantadora carreira. Dentro desse exuberante compilado de originais, a cantora e compositora deu início à era com o potente  art-rock rock  industrial de  “Broken Man”: aqui, as impactantes e dissonantes notas da guitarra são acompanhadas de versos angustiantes que preza por uma roupagem  punk e pós-industrial de tirar o fôlego.

Não deixe de assistir:

7. “THE DINER”, Billie Eilish

“THE DINER”, considerado por este que vos escreve como a melhor canção do álbum ‘Hit Me Hard and Soft’– e como uma das melhores incursões da década no mundo fonográfico -, nos leva de volta a algo similar ao que Lenka nos presenteara em 2009 com a ótima  “Trouble Is a Friend” – remodelada ao bel-prazer de Billie e garantindo mais uma performance aplaudível que une  “bad guy” “oxytocin”  “nda” em um mesmo lugar.

6. “YA YA”, Beyoncé

Como bem sabemos, Beyoncé é um gênio no tocante a construir baladas que ficam marcadas como algumas de suas melhores canções – procurando uma atmosfera cândida para declamar e explorar angústias internas. Mas seu lado mais insano e indesculpável explode em avidez quando ela se apropria de arquiteturas  uptempo  e dançantes – como é o caso da vibrante  “Ya Ya”. Seguindo uma menção à lendária  Linda Martell, a  track  é uma amálgama dançante de  country-pop country-rock  e  go-go , cujas notas iniciais buscam referência na clássica  “These Boots Are Made For Walkin’”, de  Nancy Sinatra – e que nos carregam em uma aventura frenética e inescapável.

5. “VON DUTCH”, Charli XCX

Charli XCXjá vinha nos preparando para a exagerada e vibrante jornada de ‘BRAT’com a divulgação de vários faixas promocionais, incluindo a irretocável investida “Von Dutch” – uma mistura pungente e dançante de  electroclash  e  dance-pop , cuja lírica é uma exploração de um autoempoderamento necessário e que é tradução quase direta da intitulação do álbum , com uma repetição antêmica da frase  “eu sou sua número 1”  ( “I’m your number one” ), quase funcionando como um epítome que resume as principais mensagens.

4. “WE CAN’T BE FRIENDS (WAIT FOR YOUR LOVE)”, Ariana Grande

O segundo  single  de  ‘eternal sunshine’ se tornou uma das iterações mais bem construídas do álbum e, em um piscar de olhos, conquistou os ouvintes ao redor do planeta pela produção nostálgica e pela lírica pungente.  “we can’t be friends (wait for your love)”, arquitetado sobre uma estrutura  synth-pop  cortesia das habilidosas mãos de  Max Martin e  Ilya Salmanzadeh, nutre de similaridades envolventes com o trabalho de  Robyn, por exemplo, e serve como reflexo de um coração partido que precisa se curar.

3. “NOT LIKE US”, Kendrick Lamar

São poucas as pessoas que não conhecem a infame rixa entre os  rappers Drake Kendrick Lamar, que se iniciou na década de 2010 e estendeu-se até os dias de hoje. O conflito entre ambos os artistas chegou a uma espécie de fim com a última “pá de cal” jogada por Lamar no impressionante e chocante  single “Not Like Us”: o  single , que quebrou inúmeros recordes de vendas (alcançando o primeiro lugar da  Hot 100 da  Billboard ) é uma inflexão do  hip-hop e do  hyphy pautada em versos tão cínicos e impactantes que chega a ser difícil não ficar boquiaberto. Ora, Kendrick não pensa duas vezes antes de criticar a posição de Drake no cenário  rap hip-hop , chamando-o de “colonizador” e de estar afiliado a um grupo de pedofilia.

2. “16 CARRIAGES”, Beyoncé

“16 Carriages” emerge como uma culminação testamentária do que Bey já nos ofereceu até hoje. Diferente de  “Texas Hold ‘Em”, que aposta fichas no  bluegrass  e na comunhão de instrumentos como o banjo, a viola e o  cajón , aqui ela volta-se para a potência retumbante da guitarra elétrica, em uma atmosfera  soul-country  pincelada com uma percussão apaixonante – e que reitera sua predileção por investidas, ao mesmo tempo, conceituais e mercadológicas. Há aspectos do  rock  que dão as caras nos quase quatro minutos da  track , possivelmente premeditando o capítulo de encerramento de  ‘Renaissance’; há uma junção do  country  com o  gospel  à medida que caminhamos para o terceiro ato da canção; e, mais do que tudo, temos rendições vocais que nos recordam do egrégio  status  da cantora no cenário musical.

1. “GOOD LUCK, BABE!”, Chappell Roan

Chappell Roanfinalmente está tendo o reconhecimento que merece, sagrando-se como uma das maiores artistas da nova geração – em um nível que a propulsiona e a prevê como uma artista a níveis de  Lady Gagaou  Beyoncé. E, com  “Good Luck, Babe!”, a cantora e compositora explora um dos temas mais difíceis de ser analisado no cenário fonográfico: o da heterossexualidade compulsória. Através de uma pungente e ansiosa lírica, movida por uma construção  pop  e orquestral arrepiante e irretocável do começo ao fim, Roan fala sobre as angústias de uma personagem que não consegue aceitar quem é por quaisquer que sejam as razões. E, para além do enredo indesculpavelmente potente, temos uma rendição performática aplaudível que puxa elementos até mesmo do oitentismo irrefreável de  Kate Bush.

Thiago Nolla https://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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